A eletroneuromiografia (ou eletromiografia) é um dos exames solicitados por neurologistas para avaliar os nervos periféricos. Ele é complementar ao exame físico e neurológico e costuma ser recomendado quando há suspeita de diagnóstico de doenças neuromusculares. Apesar de menos frequente, a eletroneuromiografia também pode ser solicitada em crianças. Tudo dependerá da história clínica da doença que ela apresentar.

Algumas das doenças que este exame pode auxiliar no diagnóstico são:

• Doenças autoimunes;
• Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA);
• Infecções que afetam nervos periféricos;
• Lesões traumáticas do plexo braquial e/ou nervos periféricos (dos braços e pernas);
• Miastenia gravis;
• Miopatia e distrofia muscular;
• Neuropatia diabética;
• Paralisia facial periférica;
• Poliomielite;
• Radiculopatias;
• Síndrome de Guillain-Barré;
• Síndrome do Túnel do Carpo.

Como é feito o exame de eletroneuromiografia?

Ele é dividido em duas etapas:

1) Estimulação elétrica na eletroneuromiografia

São fixados eletrodos no corpo do paciente – face, pescoço, braços, mãos, pernas e pés -, que são conectados a um aparelho que conduz curtos estímulos elétricos de baixa intensidade. São estes estímulos que ajudam a detectar e avaliar a condução nervosa, ou seja, a velocidade e a qualidade do impulso nervoso no segmento estudado.

2) Miografia

Consiste na leve aplicação de “picadas” por eletrodos de agulhas introduzidos nos músculos da região a ser avaliada. É pedido ao paciente que movimente os membros sob análise para que o especialista possa verificar a resposta dos membros quando em repouso e em contração.

É comum algumas pessoas ficarem ressabiadas com este exame em virtude das agulhas, mas se trata de um procedimento extremamente tolerável, como eu explico neste vídeo:

A eletroneuromiografia pode durar entre 40 minutos e uma hora. Não exige jejum e é pedido ao paciente para evitar o uso de hidratantes corporais antes da realização porque pode dificultar a fixação dos eletrodos na pele.

Também é importante verificar se o paciente faz uso de remédios anticoagulantes – em decorrência da etapa em que são usados eletrodos de agulhas -, bem como o uso de marca-passo, pois alguns impedem a aplicação de estímulos em pontos proximais.

A relação direta de contraindicações se dá apenas em pacientes com algum tipo de lesão na pele ou erisipela.

Por último, destaco que é importante investir na realização da eletroneuromiografia, uma vez que seus resultados irão conduzir o tratamento do paciente de forma muito mais assertiva.

Este conteúdo visa informar e não substitui a orientação de um especialista. Consulte o seu médico para esclarecer quaisquer dúvidas e realizar diagnósticos.